Todos nós, que trabalhamos com Tecnologia da Informação, exercendo qualquer função, sabemos da complexidade existente no nosso trabalho.
Temos que atender demandas vindas de todas as áreas da empresa. Algumas com muita urgência, pois impactam grandes clientes. Outras com mais temperança. Mas a verdade é que trabalhamos sobre pressão o tempo todo, pois tudo que é solicitado, é “pra ontem”! Sempre foi assim…
Até que surgiu um tal de Ágil aplicado a projetos…
O Ágil surgiu em 2001 quando 17 profissionais de tecnologia, especializados em processos de desenvolvimento de software se reuniram e criaram uma Aliança Ágil. Como consequência surgiu o Manifesto Ágil, que descreve algumas características da agilidade. Como:
– Pessoa e interações, ao contrário de processos e ferramentas;
– Software executável, ao contrário de documentação extensa e confusa;
– Colaboração do cliente, ao contrário de constantes negociações de contratos;
– Respostas rápidas para as mudanças, ao contrário de seguir planos previamente definidos.
Há profissionais que não concordam com a afirmação que o Ágil tenha surgido em 2001, pois após a Segunda Guerra Mundial a Toyota desenvolveu um modelo de produção chamado Lean Manufacturing ou Toyota Production System. O modelo Toyota contemplava algumas abordagens bem parecidas com as que aplicamos no Ágil como:
– Eliminar desperdícios executando apenas o que é mais importante;
– Focar em soluções simples;
– Mudar sempre que for necessário;
– Ter um fluxo contínuo de entregas.
Logo, o motivo da discussão! Tem sentido, mas eu prefiro pensar que com todo esse “boom” de inovação e criatividade, nós ganhamos novas formas de gerir e executar projetos em TI.
Na minha opinião, o Ágil é uma nova forma de gerir e desenvolver softwares, porque utiliza uma abordagem de planejamento e execução iterativa e incremental voltado para processos com níveis de complexidade diferentes (complexos, caóticos ou com incertezas). Com execuções menores, podemos encontrar e tratar os problemas com mais rapidez e entregarmos o produto com mais qualidade. Também podemos fazer mudanças, caso seja necessário, sem afetar ou comprometer todas as partes do projeto. O Ágil nos dá mais flexibilidade e controle sobre todos os passos no projeto. Por isso, vocês têm ouvido falar tanto sobre Projetos Ágeis!
…Mas quais são as vantagens de trabalharmos com Projetos Ágeis?
– Escopo claro e priorizado;
– Autonomia, disciplina e comprometimento dos times;
– Comunicação intensa entre todos os envolvidos no projeto;
– Transparência, inspeção e adaptação constantes do processo em busca de melhoria contínua e redução de desperdícios;
– Antecipação dos problemas e maior rapidez na tomada de decisões;
– Flexibilidade na mudança de requisitos;
– Entrega do produto frequente e com rapidez;
– Visão maximizada do Investimento e Valor de Negócio.
…E quais são as desvantagens?
– Ambiente de trabalho que comporte o Ágil (espaço para discussões, quadros, mesas e cadeiras flexíveis, post its, etc);
– Sensação de informalidade por não gerar muita documentação;
– Ter uma pessoa do time desempenhando mais de um papel;
– Ter uma gestão trabalhando no modelo autocrático, em vez de líder servidor;
– As áreas Cross da empresa (infra, UX, DBA) não quererem adotar o ágil;
– Arquitetura antiga dos sistemas legados dificulta pequenas entregas de valor.
Depois de ler todos esses pontos, você pensa: “Logo que só tem vantagem no Ágil, será fácil implementar”!
Infelizmente, a resposta que eu tenho para dar é: NÃO! NÃO SERÁ FACIL!
O motivo de não ser fácil é que o Ágil pede uma mudança de comportamento grande. O ambiente, as pessoas, o trabalho precisa ser mais colaborativo, mais disciplinado, mais comunicado. Todos precisam estar cientes e comprometidos com o seu trabalho dentro do projeto.
Abaixo, relatei algumas falhas que ocorrem numa adoção de metodologia ágil:
– A cultura da empresa conflita com os princípios e valores da agilidade;
– Na maioria das vezes, falta suporte da gerência para apoiar as mudanças necessárias no processo;
– Falta capacitação e experiência dos profissionais para trabalhar com agilidade;
– Indivíduos e/ou times sem comprometimento com o trabalho e a entrega;
Mas não desanime, antes mesmo de tentar!!
A implantação da agilidade pode trazer algumas dores de cabeça no início, porem trará bons ganhos no futuro. É só você pensar, que o número de empresas que aplicam agilidade em seus projetos só tem aumentado nos últimos anos. E as mesmas empresas tem crescido absurdamente no mercado.
Se fosse ruim, esse número não cresceria!
Esqueça a resistência, transforme a sua dúvida em curiosidade e busque a inovação!
A agilidade veio para melhorar a sua vida!
Quer saber mais sobre Agilidade? Leia também o artigo: “Transformação Ágil, a busca pela melhoria!”
Até a próxima!
E dependendo da natureza do mercado em que a empresa está inserida, não é nem uma questão de escolha: é uma questão de sobrevivência!
Concordo meu amigo Caio!!!
Nesses momentos ter que saber vender a agilidade e trazer confiança para implantar os 🙂 Obrigada!